As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) como Tecnologia Assistiva
(*)
Luciana
Lopes Damasceno
(**)Teófilo
Alves Galvão Filho
Vygostsky considerou
como fator importante no desenvolvimento humano, o processo de apropriação das
experiências presentes na cultura por cada indivíduo. O autor dá enorme
importância à ação, à linguagem e à aprendizagem na construção de
estruturas mentais superiores (VYGOTSKY, 1987). O acesso aos recursos oferecidos
pela sociedade, pela cultura, escola, tecnologias, etc., influenciam
determinantemente nos processos de aprendizagem da pessoa.
Mas a limitação do indivíduo, quando portador de deficiência, tende a
tornar-se uma barreira a este aprendizado. Desenvolver recursos de
acessibilidade seria uma maneira concreta de neutralizar as barreiras e inserir
esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela
cultura. Outra dificuldade que as limitações de interação trazem consigo são
os preconceitos a que o indivíduo portador de deficiência está sujeito.
Desenvolver recursos de acessibilidade também pode significar combater esses
preconceitos, pois, no momento em que lhe são dadas as condições para
interagir e aprender, explicitando o seu pensamento, o indivíduo com deficiência
mais facilmente será tratado como um "diferente-igual"... Ou seja,
"diferente" por sua condição de portador de necessidades especiais,
mas ao mesmo tempo "igual" por interagir, relacionar-se e competir em
seu meio com recursos mais poderosos, proporcionados pelas adaptações de
acessibilidade de que dispõe. É visto como "igual", portanto, na
medida em que suas "diferenças" cada vez mais são situadas e se
assemelham com as diferenças intrínsecas existentes entre todos os seres
humanos. Esse indivíduo poderá, então, dar passos maiores em direção a
eliminação das discriminações, como consequência do respeito conquistado
com a convivência, aumentando sua auto-estima, porque passa a poder explicitar
melhor seu potencial e pensamentos.
É sabido que as novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC)
vêm se tornando, de forma crescente, importantes instrumentos de nossa cultura
e, sua utilização, um meio concreto de inclusão e interação no mundo (LEVY,
1999).
Esta constatação é ainda mais evidente e verdadeira quando nos referimos a
pessoas com necessidades especiais. Nestes casos, as TIC podem ser utilizadas
como Tecnologia Assistiva.
Definindo, Tecnologia Assistiva é toda e qualquer ferramenta ou recurso
utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia
à pessoa portadora de deficiência. O objetivo da Tecnologia Assistiva é:
"proporcionar à pessoa portadora de deficiência maior independência,
qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação da comunicação,
mobilidade, controle do seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, competição,
trabalho e integração com a família, amigos e sociedade."... "Podem
variar de um par de óculos ou uma simples bengala a um complexo sistema
computadorizado" (http://www.clik.com.br/ta_01.html).
Sobre esses "sistemas computadorizados", ou seja, as novas TIC
utilizadas como Tecnologia Assistiva, é que queremos tratar aqui.
As diferentes maneiras de utilização das TIC como Tecnologia Assistiva têm
sido sistematizadas e classificadas das mais variadas formas, dependendo das ênfases
que quer dar cada pesquisador. Nós, aqui, optamos por utilizar uma classificação
que divide essa utilização em quatro áreas (doc. do PROINESP e outros):
1. As TIC como sistemas auxiliares ou prótese para a comunicação.
2. As TIC utilizadas para controle do ambiente.
3. As TIC como ferramentas ou ambientes de aprendizagem.
4. As TIC como meio de inserção no mundo do trabalho profissional.
1. As
TIC como sistemas auxiliares ou prótese para a comunicação: talvez esta seja
a área onde as TIC tenham possibilitado avanços mais significativos. Em muitos
casos o uso dessas tecnologias tem se constituido na única maneira pela qual
diversas pessoas podem comunicar-se com o mundo exterior, podendo explicitar
seus desejos e pensamentos.
Essas tecnologias tem possibilitado a otimização na utilização de Sistemas
Alternativos e Aumentativos de Comunicação (SAAC), com a informatização dos
métodos tradicionais de comunicação alternativa, como os sistemas Bliss, PCS
ou PIC, entre outros.
Fernando Cesar Capovilla, pesquisando na área de diagnóstico, tratamento e
reabilitação de pessoas com disturbios de comunicação e linguagem, faz notar
que:
"Já temos no Brasil um acervo considerável, e em acelerado
crescimento, de recursos tecnológicos que permitem aperfeiçoar a qualidade das
interações entre pesquisadores, clínicos, professores, alunos e pais na área
da Educação Especial, bem como de aumentar o rendimento do trabalho de cada um
deles." (Capovilla, F. C. in http://www.bauru.unesp.br/fc/boletim/eduespec/construt.htm).
2.
As TIC, como Tecnologia Assistiva, também são utilizadas para controle do
ambiente, possibilitando que a pessoa com comprometimento motor possa comandar
remotamente aparelhos eletro-domésticos, acender e apagar luzes, abrir e fechar
portas, enfim, ter um maior controle e independência nas atividades da vida diária.
3.
As dificuldades de muitas pessoas com necessidades educacionais especiais no seu
processo de desenvolvimento e aprendizagem têm encontrado uma ajuda eficaz na
utilização das TIC como ferramenta ou ambiente de aprendizagem. Diferentes
pesquisas têm demonstrado a importância dessas tecnologias no processo de
construção dos conhecimentos desses alunos (NIEE/UFRGS,
NIED/UNICAMP,
CRPD/OSID
e outras).
4.
E, finalmente, pessoas com grave comprometimento motor vêm podendo tornar-se
cidadãs ativas e produtivas, em vários casos garantindo o seu sustento, através
do uso das TIC.
Com certa frequência essas quatro áreas se relacionam entre si, podendo
determinada pessoa estar utilizando as TIC com finalidades presentes em duas ou
mais dessas áreas. É o caso, por exemplo, de uma pessoa com problemas de
comunicação e linguagem que utiliza o computador como prótese de comunicação
e, ao mesmo tempo, como caderno eletrônico ou em outras atividades de
ensino-aprendizagem.
2- Usando os Recursos de Acessibilidade na Educação Especial
OBSERVAÇÕES:
- clique nas
fotos pequenas para vê-las ampliadas.
- todas as instituições e sites citados têm os seus endereços relacionados
no final do texto.
Nosso interesse específico aqui, em função dos objetivos educacionais do
nosso Programa, é apresentar um pouco mais detalhadamente alguns recursos de
acessibilidade utilizados com as finalidades discriminadas na área 3, ou seja,
como ferramentas ou ambientes de aprendizagem, na Educação Especial. Conforme
tem sido detectado:
"A importância que assumem essas tecnologias no âmbito da Educação
Especial já vem sendo destacada como a parte da educação que mais está e
estará sendo afetada pelos avanços e aplicações que vêm ocorrendo nessa área
para atender necessidades específicas, face às limitações de pessoas no âmbito
mental, físico-sensorial e motoras com repercussão nas dimensões sócio-afetivas."
(Doc. do PROINESP, 2000).
No nosso trabalho educacional, portanto, utilizamos adaptações com a
finalidade de possibilitar a interação, no computador, de alunos com
diferentes níveis de comprometimento motor e/ou de comunicação e linguagem,
em processos de ensino-aprendizagem.
Essas adaptações podem ser de diferentes ordens, como, por exemplo:
"...adaptações especiais, como tela sensível ao toque, ou ao sopro,
detector de ruídos, mouse alavancado a parte do corpo que possui movimento
voluntário e varredura automática de itens em velocidade ajustável, permitem
seu uso por virtualmente todo portador de paralisia cerebral qualquer que seja o
grau de seu comprometimento motor (Capovilla, 1994)."
(Magalhães, Leila N. A. P. et al, in http://www.c5.cl/ieinvestiga/actas/ribie98/111.html).
Nós classificamos os recursos de acessibilidade que utilizamos em três grupos:
1- Adaptações físicas ou órteses.
São todos os aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do aluno e
que facilitam a interação do mesmo com o computador.
2- Adaptações de hardware.
São todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do
computador, nos periféricos, ou mesmo, quando os próprios periféricos, em
suas concepções e construção, são especiais e adaptados.
3- Softwares especiais de acessibilidade.
São os componentes lógicos das TIC quando construídos como Tecnologia
Assistiva. Ou seja, são os programas especiais de computador que possibilitam
ou facilitam a interação do aluno portador de deficiência com a máquina.
1- ADAPTAÇÕES
FÍSICAS OU ÓRTESES:
Quando estamos posturando corretamente um aluno com deficiência física em sua
cadeira adaptada ou de rodas, utilizando almofadas, ou faixas para estabilização
do tronco, ou velcro, etc., antes do trabalho no computador, já estamos
utilizando recursos ou adaptações físicas muitas vezes bem eficazes para
auxiliar no processo de aprendizagem dos alunos. Uma postura correta é
vital para um trabalho eficiente no computador.
Alguns alunos portadores de paralisia cerebral têm o tônus muscular flutuante
(atetóide), fazendo com que o processo de digitação se torne lento e penoso,
pela amplitude do movimento dos membros superiores na digitação. Um recurso
que utilizamos é a pulseira de pesos que ajuda a reduzir a amplitude do
movimento causado pela flutuação no tônus, tornando mais rápida e eficiente
a digitação. Os pesos na pulseira podem ser acrescentados ou diminuidos, em
função do tamanho, idade e força do aluno. O aluno Elsimar,
por exemplo, utiliza a capacitade total de pesos na pulseira devido ao nível de
flutação de seu tônus e também porque sua complexão física assim o
permite.
Outra órtese que utilizamos é o estabilizador de punho e abdutor de polegar com ponteira para digitação, para alunos, principalmente com paralisia cerebral, que apresentam essas necessidades (estabilização de punho e abdução de polegar).
http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tiago1g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tiago1g.htm
Estabilizador de punho
e abdutor de polegarhttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tiago2g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tiago2g.htm
Com ponteira para
digitação
Além dessas adaptações físicas e órteses que utilizamos, existem várias outras que também podem ser úteis, dependendo das necessidades específicas de cada aluno, como os ponteiros de cabeça, ou hastes fixadas na boca ou queixo, quando existe o controle da cabeça, entre outras.
http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Adap2.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Adap2.htm
Haste fixada na cabeça
para digitação (foto: catálogo
da empresa Expansão)
2- ADAPTAÇÕES
DE HARDWARE:
Um dos recursos mais simples e eficientes como adaptação de hardware é a máscara
de teclado (ou colméia). Trata-se de uma placa de plástico ou acrílico
com um furo correspondente a cada tecla do teclado, que é fixada sobre o
teclado, a uma pequena distância do mesmo, com a finalidade de evitar que o
aluno com dificuldades de coordenação motora pressione, involuntariamente,
mais de uma tecla ao mesmo tempo. Esse aluno deverá procurar o furo
correspondente à tecla que deseja pressionar.
http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Mascar1g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Mascar1g.htm
Máscara de teclado
encaixada no mesmohttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Mascar2g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Mascar2g.htm
Máscara de teclado
sobreposta ao mesmo
Alunos com dificuldades de coordenação motora associada à deficiência mental também podem utilizar a máscara de teclado junto com "tampões" de papelão ou cartolina, que deixam à mostra somente as teclas que serão necessárias para o trabalho, em função do software que será utilizado. Desta forma, será diminuido o número de estímulos visuais (muitas teclas), que podem tornar o trabalho muito difícil e confuso para alguns alunos, por causa das suas dificuldades de abstração ou concentração. Vários tampões podem ser construídos, disponibilizando diferentes conjuntos de teclas, dependendos do software que será utilizado.
http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tonho2g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tonho2g.htm
Máscara de teclado
com poucas teclas expostashttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tonho3g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tonho3g.htm
Teclado com máscara
coberta
Outras adaptações
simples que podem ser utilizadas, dizem respeito ao próprio posicionamento do
hardware.
Por exemplo, nosso aluno Mércio,
que digita utilizando apenas uma mão, em certa etapa de seu trabalho e com
determinado software que exigia que ele pressionasse duas teclas
simultaneamente, descobriu ele mesmo que, se colocasse o teclado em seu colo na
cadeira de rodas, ele poderia utilizar também a outra mão para segurar uma
tecla (tecla Ctrl), enquanto pressionava a outra tecla com a outra mão.
Já o aluno Raimundo está começando agora a conseguir utilizar o mouse para
pequenos movimentos (utilização combinada com um simulador de teclado) com a
finalidade de escrever no computador, colocando o mouse posicionado em suas
pernas, sobre um livro ou uma pequena tábua.
E assim, diversas variações podem ser feitas no posicionamento dos periféricos
para facilitar o trabalho do aluno, sempre, é claro, em função das
necessidades específicas de cada aluno.
http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun1g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun1g.htm
Posicionamento do mouse
no colo do alunohttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tonho4g.htm http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Tonho4g.htm
Teclado com alteração na
inclinação e fixado à mesa
Além dessas adaptações de hardware que utilizamos, existem muitas
outras que podem ser encontradas em empresas especializadas, como acionadores
especiais, mouses adaptados, teclados especiais, além de hardwares especiais
como impressoras Braile, monitores com telas sensíveis ao toque, etc. (ver
outros endereços no final).
3- SOFTWARES
ESPECIAIS DE ACESSIBILIDADE:
Um dos recursos mais úteis e facilmente disponível, mas muitas vezes ainda
desconhecido, são as "Opções de Acessibilidade" do Windows
(Iniciar - Configurações - Painel de Controle - Opções de Acessibilidade).
Através desse recurso, diversas modificações podem ser feitas nas configurações
do computador, adaptando-o a diferentes necessidades dos alunos. Por exemplo, um
aluno que, por dificuldades de coordenação motora, não consegue utilizar o
mouse mas pode digitar no teclado (o que ocorre com muita frequência), tem a
solução de configurar o computador, através das Opções de Acessibilidade,
para que a parte númerica à direita do teclado realize todos os mesmos
comandos na seta do mouse que podem ser realizados pelo mouse. Colocamos aqui,
passo a passo, a forma de configurar o computador para utilizar as Opções
de Acessibilidade do Mouse.
Além do mouse, outras configurações podem ser feitas, como a das "Teclas
de Aderência", a opção de "Alto Contraste na Tela"
para pessoas com dificuldades visuais, recurso utilizado por nosso aluno Filipe,
e outras opções.
Outro exemplo de Software Especial de Acessibilidade são os simuladores
de teclado e de mouse. Todas as opções do teclado ou as opções de comando e
movimento do mouse, podem ser exibidas na tela e selecionadas, ou de forma
direta, ou por meio de varredura que o programa realiza sobre todas as opções.
Para as necessidades de nossos alunos, encontramos na Internet o site do técnico
espanhol Jordi Lagares, no qual ele disponibiliza para download diversos
programas freeware por ele desenvolvidos. Tratam-se de simuladores que podem ser
operados de forma bem simples, além de serem programas muito "leves"
(menos de 1 MB). Através desse simulador de teclado e do simulador de mouse, o
aluno Raimundo, com 37 anos, pôde começar a trabalhar no computador e pode,
agora, expressar melhor todo o seu potencial cognitivo, iniciando a aprender a
ler e escrever. Raimundo, que é tetraplégico, só consegue utilizar o
computador através desses simuladores que lhe possibilitam transmitir seus
comandos no computador somente através de sopros em um microfone. Isto
lhe tem permitido, pela primeira vez na vida, escrever, desenhar, jogar e
realizar diversas atividades que antes lhe eram impossíveis. Ele começa,
agora, a tentar usar o mouse sobre as pernas para pequenos movimentos.
http://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun2g.htmhttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun2g.htm
Raimundo comandando o
computador com sopros
no microfonehttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun3g.htmhttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun3g.htm
O microfone é fixado
à cabeçahttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun4g.htmhttp://infoesp.vila.bol.com.br/recursos/Raimun4g.htm
Todos os periféricos são
reposicionados para
facilitar o trabalho
Esses simuladores podem ser acionados não só através de sopros, mas também
por pequenos ruídos ou pequenos movimentos voluntários feitos por diversas
partes do corpo, e até mesmo por piscadas ou somente o movimento dos olhos.
Existem outros sites na Internet que disponibilizam gratuitamente outros
simuladores e programas especiais de acessibilidade, como o site da Rede Saci.
Como softwares especiais para a comunicação, existem as versões
computadorizadas dos sistemas tradicionais de comunicação alternativa como o
Bliss, o PCS ou o PIC.
Para pessoas com deficiência visual existem os softwares que "fazem o
computador falar":
"Também os cegos já podem utilizar sistemas que fazem a leitura da
tela e de arquivos por meio de um alto-falante; teclados especiais que têm
pinos metálicos que se levantam formando caracteres sensíveis ao tato e que
"traduzem" as informações que estão na tela ou que estão sendo
digitadas e impressoras que imprimem caracteres em Braille."
(Freire,Fernanda M. P. "Educação Especial e recursos da informática:
superando antigas dicotomias". Textos PROINFO/MEC).
Para os cegos existem programas como o DOSVOX, o Virtual Vision, o Bridge, e
outros.
Além de todos estes recursos de acessibilidade que apresentamos, existem outros
tipos e dimensões de acessibilidade que também são pesquisados e estudados
por outros profissionais, como as pesquisas sobre Acessibilidade Física,
que estuda as barreiras arquitetônicas para o portador de deficiência e as
formas de evitá-las (por exemplo, a Comissão Civil de Acessibilidade, aqui
mesmo de Salvador). Outra conceito novo é o conceito de Acessibilidade
Virtual, que estuda as melhores maneiras de tornar a Internet acessível a
todas as pessoas (Rede Saci).
É importante ressaltar que as decisões sobre os recursos de acessibilidade que
serão utilizados com os alunos, tem que partir de um estudo pormenorizado e
individual, com cada aluno. Deve começar com uma análise detalhada e escuta
aprofundada de suas necessidades, para, a partir daí, ir optando pelos recursos
que melhor respondem a essas necessidades. Em alguns casos é necessária também
a escuta de outros profissionais, como terapeutas ocupacionais e
fisioterapeutas, antes da decisão sobre a melhor adaptação. Todas as
pesquisas, estudos e adaptações que fomos construindo ou captando em nosso
Programa ao longo dos anos, partiram das necessidades concretas dos nossos
alunos.
Referências bibliográficas e alguns links relacionados:
LÉVY, Pierre. Cibercultura.
São Paulo, Ed. 34, 1999.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. S.P., Martim Fontes, 1987.
Comunicação Alternativa: http://www.c5.cl/ieinvestiga/actas/ribie98/111.html
Comissão Civil de
Acessibilidade de Salvador: http://encontro.virtualave.net/cca.htm
DOSVOX: http://caec.nce.ufrj.br/~dosvox/index.html
PROINESP/MEC: http://www.mec.gov.br/seesp/informatica.shtm
PROINFO/MEC- textos: http://www.proinfo.gov.br
, "BIBLIOTECA
VIRTUAL"
Softwares
Especiais- Jordi Lagares: http://www.lagares.org
Softwares
Especiais- Rede Saci: http://www.saci.org.br/kitsaci.html
Softwares
Especiais: http://www.qsnet.com.br/imagovox.htm
Tecnologia
Assistiva: http://www.saci.org.br/pesquisa/veredas.html
Tecnologia Assistiva: http://www.geocities.com/to_usp.geo/principalta.html
Tecnologia Assistiva: http://www.clik.com.br/
Tecnologia Assistiva: http://www.bauru.unesp.br/fc/boletim/eduespec/construt.htm
AUTORES:
(*) Luciana Lopes Damasceno: É professora do Programa "Informática na Educação Especial" do CRPD, Pedagoga e Especialista em "Projetos Educacionais e Informática" (ludamasceno@e-net.com.br).
(**) Teófilo Alves Galvão Filho: É professor e coordenador do Programa "Informática na Educação Especial" do CRPD, Mestrando em Educação pela UFBA, Especialista em "Informática na Educação" e Engenheiro (teo@cpunet.com.br, teogf@ufba.br).