RODA DOS EXPOSTOS
- PATRICIA ALVES DA SILVA
- ROZILAINE BASTOS DO
NASCIMENTO
MICHELLE DE ALMEIDA
COSTA
SANDRA REGINA
NASCIMENTO SANTOS
DAYSEANNE CERQUEIRA
VALTER
Professora: Luciana
Bareicha
Brasília - DF – 2002
APRESENTAÇAO
O trabalho relata como
eram tratadas as crianças abandonadas na Roda dos Expostos, que foi introduzida
no Brasil durante o período colonial e que somente foi extinta no século XX.
A roda dos expostos era um dispositivo com origem medireview e italiana.
Inicialmente era utilizada para manter o máximo de isolamento dos monges
reclusos, e posteriormente foi adotada também para preservar o anonimato
daqueles que depositam nela bebês enjeitados.
No Brasil, o acolhimento de órfãos através da roda se estabelece no século
XVIII. Desde então, pudemos observar recorrentes tensões entre a entidade
religiosa e o poder local, principalmente pela obrigação pública de
contribuir financeiramente para a manutenção da Santa Casa.
Uma vez recebida pela casa, a criança seria criada por uma ama-de-leite
geralmente até os três anos. As amas, mulheres pobres e na maioria sem nenhuma
instrução, recebiam um pagamento pelos serviços prestados o que podia
prolongar o período de permanência dos pequenos, caso a casa tivesse condições
de pagá-la durante esse tempo. Além disso, essa situação dava margem para
diversos tipos de fraudes, como mães que abandonavam seus bebês e logo em
seguida se ofereciam como nutrizes. Por falta de recursos, a instituição
procurava logo empregar os órfãos, tanto como aprendizes no caso dos meninos e
como domésticas no das meninas.
A escolha deste tema foi decidida pelo grupo a fim de mostrar aos colegas a
falta de comprometimento do Estado, com relação a infância aquela época.
Nossa intenção e mostrar que desde aquela época o Estado somente incentiva ações
sociais de caráter emergencial, porem não dão estrutura nenhuma para estas
instituições se manterem de forma a atender as crianças.
ROTEIRO
Foi introduzida no Brasil durante o período colonial, no século XVIII só
existia três rodas, com o decorrer do tempo estendeu-se pelo Brasil e foi
extinta no século XIX.
Em 1726 em Salvador, surge a roda dos expostos, onde crianças mestiças, negras
e pobres eram abandonadas, como o exemplo do filho de Esmerigilda e Astrogildo
que iremos contar.
Esmerigilda era uma mulher negra que não tinha cultura e falava tudo errado,
sonhava pelos cantos da casa em um dia casar-se e ter um filho para amá-lo,
assim como a da família onde trabalhava.
Astrogildo era um homem branco e bem criado que adorava namorar.
Um dia... Conheceu Esmerigilda e apaixonou-se perdidamente por ela.
Ele então a convidou para sair, ela ao aceitar o convite deixou-o de pernas
bambas como vara verde. E ela se enlouquece de amor por ele e juram amor eterno.
Um dia... ele aproxima-se dela e diz:
Esmerigilda estou apaixonado
por ti, meu amor.
Eu também Astrogildo.
Vamos nos casar?
Ela não agüenta ao pedido e cai dura desmaiada.
Então ele começa a gritar por ajuda.
Socorro, socorro, alguém me
ajude!
Todos correm para
socorre-la e depois de algum tempo ela se restabelece e ele não exita e
pergunta novamente.
Esmerigilda meu amor, case-se
comigo?
Claro que sim, meu amor!
Eles se casam e pós alguns dias de casado começa a discriminação por parte
da sociedade. Como um homem branco casa-se com uma negra. A pressão é tamanha
que eles não suportam e se separam. Porém vem um grande abalo pela frente, é
que ela está grávida e filhos mestiços e mães solteiras vão para a roda dos
expostos, então o desespero vem a tona na cabeça de Esmerigilda.
Ela procura consolo em sua amiga Justina e a amiga lhe dá o seguinte conselho.
Esmerigilda, quando essa
criança nascer coloque-a na roda dos expostos, lá ela será bem cuidada e
tratada tendo uma educação melhor do que você poderia dar.
Passam-se nove meses com muita dificuldade até o nascimento da criança e ela
decide deixar o seu filho Manoel na Roda dos Exposto.
Após a recuperação do parto ela decide que a meia-noite deixaria o seu filho
na roda. Ela chega e coloca a criança com uma carta dizendo seu nome e a
promessa de acompanhar de longe o seu crescimento. Ela vai embora com o coração
apertado e um propósito dentro de si de acompanhar o desenvolvimento da criança.
Passam-se os anos e Esmerigilda tem coragem de ver seu filho Manoel, ao chegar vê
seu filho sujo, jogado aos cantos, sendo alimentado por uma senhora.
Ao olhar se filho entrou em desespero. Vendo-o naquela situação assustadora
ela sentiu-se arrependida e foi falar com o responsável pelo local a fim de
pegar seu filho de volta. A primeiro momento seu pedido foi recusado mas ela
começou a insistir e ir freqüentemente ao local até conseguir ter seu pedido
aceito.
Então foi buscar o seu filho que de tantos maltrato ficou doente, então ela
levou-o embora e ao chegar em casa começou a cuidar de seu filho.
A recuperação dele foi a longo prazo tendo assim tempo para se arrepender e
pedir perdão sobre todas as coisas erradas que tinha feito até aquele momento.
CONCLUSÃO
O conteúdo trabalhado foi de grande valia para todos nós, pois podemos ver que
não é de agora que o Estado abandona suas crianças.
Acreditávamos que as crianças abandonadas surgiram nos tempos modernos e
pudemos mostrar para aos nossos colegas que não é esta a verdade. Sempre
tivemos instituições precárias e necessitadas de apoio do Estado.
Acreditamos que com este roteiro de comédia mostramos de forma clara e animada
como eram tratadas as crianças excluídas de nossa sociedade.
BIBLIOGRAFIA
BAREICHA, Luciana
Camara Fernandes, COMO CONCEBEMOS A INFANCIA E A ADOLESCENCIA NA HISTORIA
BRASILEIRA?
MARCILIO, M.L. (1997). A
RODA DOS EXPOSTOS E A CRIANÇA ABANDONADA NO BRASIL COLONIAL:
1726-1950.
Em: Freitas, M. (Org.). História Social da Infância no Brasil. São Paulo:
Cortez.
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