Sugestão de
Projeto de Aprendizagem na Educação Especial Voltado Para Síndrome de Down
Desde a publicação
dos Parâmetros Curriculares Nacionais, com as orientações do Ministério da
Educação, a palavra de ordem nas coordenações pedagógicas, nas salas de
professores e nas salas de aula do Ensino Regular, é Aprendizagem através de
projetos.
Novidade para alguns e prática já tradicional em muitas escolas do país, a
proposta de tratar conteúdos por meio de trabalho coletivo e multidisciplinar,
no lugar da aula expositiva, tem se mostrado um método eficiente na construção
do conhecimento. Afinal, é uma das melhores maneiras de motivar os alunos,
dando-lhes oportunidade de descobrir e construir o seu próprio conhecimento. E,
o aluno com Necessidades Educativas Especiais (Síndrome de Down), será que é
possível se trabalhar através de projetos?
Sabemos que a pessoa com necessidades especiais mesmo nas suas limitações possui um potencial muito grande e que, definitivamente, precisa ser trabalhado de forma prática e eficiente.
Veja aqui algumas sugestões e dicas valiosas na hora de se trabalhar um projeto de aprendizagem com um aluno especial (Síndrome de Down):
1. Planejamento é o
segredo para qualquer empreendimento dá certo, inclusive o trabalho através de
projetos. Mas lembre-se: o projeto não nasce exclusivamente da cabeça do
professor ou da coordenação de área. Ele precisa ser do interesse do aluno; o
projeto é do aluno e deve ser o resultado da interação entre o professor e os
alunos. Por isso, o planejamento deve ser revisto sempre e a cada etapa do
trabalho;
2. Apresentação à
equipe: antes de levar o projeto à sala de aula, é necessário compartilhá-lo
com todos os professores participantes e a equipe técnica pedagógica e
administrativa para que saibam o que está ocorrendo e se evite a contramão;
3. Apresentação aos
alunos: é a vez de os alunos tomarem contato com o projeto. O tema deve ser
significativo, isto é, deve estar relacionado com a vida ou com os interesses
naturais dos alunos. A primeira etapa corresponde à ampliação do significado
do tema a ser trabalhado com os alunos. Uma maneira simples de conseguir essa
informação é perguntar ao aluno o que ele sabe a respeito, insista sempre em
procurar saber algo dos alunos a respeito do assunto. Não importa o que eles
respondam. Anote os comentários. Estas são as certezas provisórias do aluno
(o que eu sei ).
4. Mão na massa: agora é o momento dele colocar no papel as suas idéias. Peça que ele desenhe algo a respeito do que foi discutido sobre o assunto. Após essa representação gráfica no papel ele pode ir ao LIEDES ( Laboratório de Informática na Educação Especial) fazer uma atividade que lhe proporcione mais uma vez contato com o tema. Não esqueça que o tempo é muito importante para o nosso aluno especial.
5. Sensibilização: é o momento decolador do projeto. Procura-se despertar o interesse pelo tema, com filmes, histórias, palestras ou qualquer outro atrativo. O objetivo é que os alunos levantem questões e situações-problema.
Dica
Se alguém for convidado para fazer uma palestra, contar uma história ou conversar com os alunos sobre o tema, o ideal é que ele seja orientado a instigar e desafiar os alunos, e não apenas seguir o curso normal das informações dando respostas às perguntas pontuais. Sempre após esses momentos ele deve ir ao LIEDES para expressar o conhecimento que está sendo construído.
6. Registros: é
importante registrar tudo que acontece, por isso cada aluno deve ter sua
pasta-arquivo (Portifólio) no computador. No final, os professores montam uma
exposição do que foi o trabalho. Essa exposição mostrará a construção que
o aluno conseguiu realizar no decorrer do Projeto, do que os alunos sabiam
anteriormente ao que eles aprenderam. E, essa produção poderá ser homenageada
na forma de ilustração para calendários, folders de eventos, cartazes etc.
8. Trabalho final
É a síntese do
aprendizado ao longo do projeto. Pode ter formas diversas, como um jornal, uma
produção em vídeo, uma apresentação teatral. É interessante que o projeto
também seja exposto à comunidade, à mídia. Talvez num evento de final de
bimestre etc. Faz bem à auto estima dos nossos alunos e a comunidade fica
sabendo o que a Escola ou a Instituição está fazendo pelos nossos alunos
especiais.
9. Avaliação: após o
término das atividades todos os participantes, inclusive, equipe técnica pedagógica
e administrativa e, professores devem fazer uma avaliação do Projeto e sua
auto-avaliação, em especial.
ROTEIRO PARA
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO EM INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO ESPECIAL (
SUGESTÃO )