Inteligência Sensório-motora 

A inteligência segundo Piaget 

• Influência teórica: Evolucionismo Darwiniano

Adaptação ao meio : 

- Os animais – evolução biológica (filogênese);

• Padrões instintivos de conduta;
• Influência hereditária invariável programada e compartilhada na espécie.

- Os seres humanos – processo ativo do desenvolvimento ontogenético, baseado mais cultural que biologicamente (evolução social ). 

Conduta humana: de acordo com esquemas de ação ou de representação adquiridos a partir de suas experiências individuais no meio ambiente.

Coordenadas em função de metas intencionais

         Inteligência 

Formando níveis de conhecimento diferentes 

Inteligência 

• Dois aspectos que independem do conteúdo ou da nível de desenvolvimento:

• Organização

Invariante funcionais

 

(em qualquer forma de inteligência)

• Adaptação

seqüências de esquemas

objetivos e condições de metas

Protegem-se de mudanças ambientais,

adaptando-se

Estrutura Intelectual 

• adaptação indivíduo-meio
• preservar a organização prévia

OU

• adequação às novas condições

e mudança na organização 

nova estrutura intelectual evoluída

assimilação

adaptação

acomodação

• assimilação = incorporação da experiência nova a esquemas de ação ou de conhecimentos prévios (identifica objetos ou acontecimentos novos, aplicando-lhes os esquema preexistentes).
• acomodação = enfrentamento de experiência não assimilável, modifica seus esquemas ou adquire novos para que ocorra a assimilação.

Assimilação deformante = assimilação ‘forçada’

Ex: Galileu – defendeu concepções geocêntricas

na astronomia – diferente do mundo.

Equilíbrio da estrutura intelectual

As acomodações permitem a assimilação da experiência, sem modificar a estrutura em si.

Equilíbrio transitório 

Experiência nova assimilada adaptação

Não assimilada perda do equilíbrio

Processo da acomodação

Reestruturação – equilíbrio superior (assimilação da experiência conflitiva)

Equilibração maximizadora 

 

• equilíbrio inferior
• equilíbrio superior

(Piaget)

1. Estágio Sensório-motor (0-2 anos)

• Inteligência – prática
• Ligada às sensações e ação motora
• Êxitos:

- conduta intencional;

• construção do conceito de objeto permanente;
• primeiras representações;
• acesso à função simbólica.

2) Estágio Pré-operatório (2-7 anos) 

• progressivo processo de simbolização (sem estruturas lógicas integradas);
• egocentrismo cognitivo;
• ausência da reversibilidade;
• insensibilidade à contradição;
• pensamento ligado à percepção e raciocínio intuitivo.

3) Estágio das operações concretas (7-11 anos) 

• Superação do egocentrismo;
• Processos lógicos e reversibilidade;
• Enfrentamento de situação que se vinculem ao concreto (dificuldades com o abstrato).

• Lógica formal (com entidades linguísticas)
• Acesso ao mundo do possível;
• Pensamento – capaz de operações dedutivas;
• Lógica e análise teórica.

Sensório-motor sentidos e ações

Relações entre objetos e atos 

Esquemas = modelos de comportamento repetíveis, generalizáveis e aperfeicoáveis. 

• Tipo de Organização dos esquemas

Reação circular = segmento de conduta que o bebê associa a uma conseqüência que tenta reproduzir repetindo tal conduta. 

Repetição necessário para o domínio da consolidação dos esquemas.

Constâncias na ação

Reconhecimento sensorial

do objeto 

• repetir o mesmo esquema = reconhecer como para dois estímulos igual

• Reação Circular Primária (1-4 meses)
• esquemas simples, descobertos fortuitamente pelo bebê e restrito ao seu corpo (chupar a mão).

Prazer funcional esquema motor consolida  

Hábito 

• Reação Circular Secundária (4-8 meses)

- coordenações de esquemas inicialmente ao acaso, mas associados ao meio físico e social.

      Para prolongar

“espetáculos interessantes” 

• Reação Circular Terciária (12-18 meses)

- coordenação flexível de esquemas secundários, experimentando novos meios que levam a um efeito desejável. 

relações de “ver o que acontece”

causalidade e

conduta intencional

Subestágio 1 (0-1 meses)

Exercício dos reflexos inatos 

• desencadeada pela estimulação (esquemas inatos);
• reflexos dos estados internos (sono; mal estar; perda do equilíbrio);
• reflexos de mudanças do meio

- simples – espirro ou

- complexo – salivação, sucção, etc.; 

• reflexos sofrem mudanças adaptativas, alguns são perdidos outros mantidos;

• Reconhecimento dos objetos

através do esquema de ação reflexa

influência diversificadora do meio 

o-chupável-que-alimenta sucção/deglutição 

O-chupável-que-não-alimenta sucção apenas 

Subestágio 2 (1-4 meses)

Primeiras adaptações adquiridas

e a reação circular primária 

• Primeiras estruturas adquiridas: os hábitos;
• Primárias: - efeito fortuito e - concentradas no próprio corpo do bebê;
•  
  Esquemas preexistentes (reflexos)

Imita quando a conduta a ser imitada

já existe no repertório do bebê

(adulto repete vocalização já emitida pelo bebê) 

• inicia-se o processo de coordenação hierárquica de esquemas;

(o reflexo assimila completamente o novo, não reconhecendo a assimilação ou a acomodação) 

• nas estruturas intermediárias:

- assimilação (repetição cumulativa; o novo assimilado ao antigo sendo generalizado a outros objetos, estabelecendo a diferenciação);

Subestágio 3 (4-8 meses)

Reação circular secundária 

• efeito fortuito e tende a estender um efeito interessante para o bebê;
• concentradas na interação com o meio e independente da condicionalidade biológica;
• assimilação generalizadora e efeitos causados socialmente;

adulto com “espetáculo interessante” (palminhas)

       para o movimento o bebê se agita, balbucia, mexe as pernas

Solicitando que reinicie o movimento

Reconhecimento motor = a criança associa um objeto particular a um esquema de ação concreto.

• Interesse pelos resultados das ações com os objetos (relação com a realidade social)
• Reação casual repetição casual

Relação entre conduta e meta 

Subestágio 4 (8-12 meses)

Esquemas secundários aplicados

a relações meios-fins 

• acentua-se a atenção ao que ocorre no meio;
• intencionalidade;
• coordenações do tipo meios-fins.

Agarrar um boneco

Retirar um obstáculo entre ele e o boneco 

Erro do subestágio 4 = repetir a ação quantas vezes for necessário (falta a mobilidade necessária para lidar com o objeto). 

• Habilidades nas imitações de gestos e sons (mostrar a língua, tocar a orelha, etc.);
• “Saber o que vai acontecer” – ‘colocado o sapato indica que vai sair de casa’;
• compreensão de que os “espetáculos interessantes” não são produzidos por ela.

Subestágio 5 (12-18 meses)

Relações Circulares terciárias 

• a assimilação não é mera repetição;
• busca ativa de uma nova relação entre meios e fins de modo intencional inicia-se, atingida de modo fortuito;

Ex: ancinho - descobrir a função

de aproximar objetos

• Desaparece do erro no subestágio 4

Estruturação das relações objetais no espaço e

Noções de causalidade mais realistas

Exs: bola desaparece embaixo da mesa

Procura-se embaixo da mesa e arrastar um

não embaixo do sofá guardanapo

alcança objeto sobre ele 

• Permanência do objeto ainda é difícil (deslocamentos com trajetórias ocultas à criança)
• Imitações mais ativas e deliberadas – incorpora em seu repertório imitativo novos esquemas.

Subestágio 6 (18-24 meses)

Invenções de novas combinações de esquemas a partir de suas representações 

• Primeiro conhecimento sensório-motor:

o que pode ser feito com ele

(plano motor) 

• Elaboração do conhecimento acerca do objeto e relações causais e espaciais entrando em contato com os acontecimentos anteriores.
• Conhece o objeto sem necessidade de agir sobre ele – dispõe de esquemas de ação internalizados (dispensa o tateio – mais objetividade nos seus interesses de busca);
• Repertório imitativo enriquecido por modelos não presentes;
• Subordina a atividade à representação.

Brincar com uma caixa “como se”como se fosse um carro.

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