FLEXIBILIDADE NO MODO DE PRODUÇÃO:
compreender o modelo para compreender o papel da Escola em tempos pós modernos
Marlene
Lucia Siebert Sapelli[1]
Para
compreendermos como chegamos ao modelo de produção cuja principal característica
é a "flexibilidade" podemos recorrer aos capítulos XII e XIII da
obra O Capital . Este parte da obra de
Marx nos fornece elementos relevantes das transformações ocorridas a partir do
século XVI com as manufaturas. Mostra-nos as primeiras divisões do trabalho no
sistema capitalista e o processo que irá gradativamente transformando o
trabalhador num sujeito alienado e subjugado ao capitalista. Se as mãos e a força
do trabalhador eram importantes, gradativamente vão dando lugar às ferramentas
que vão sendo aperfeiçoadas, às forças naturais e à maquinaria que vai
ampliando seu espaço e expulsando o trabalhador. Quando de fato a grande indústria
se consolida a exploração intensifica-se e amplia-se atingindo também
mulheres e crianças. Há uma sobrecarga de trabalho e degradação física por causa das péssimas condições de
trabalho. Porém, simultaneamente ao processo de aperfeiçoamento da maquinaria
expressa-se a necessidade de acabar com o "tempo morto"e produzir num
ritmo cada vez mais rápido. No século XIX
o taylorismo e o fordismo propõem o uso racional do tempo e do espaço
para ampliar o lucro (o Capital apropria-se do tempo e do espaço do
trabalhador) . Adota-se na produção em série a esteira que impõe ao
trabalhador um determinado ritmo de trabalho. Este modelo de produção em pouco
tempo elevou significativamente os lucros.
(...)
o fordismo fundamentalmente como a
forma pela qual a indústria e o processo de trabalho consolidaram-se ao longo
deste século, cujos elementos constitutivos básicos eram dados pela produção
em massa, através da linha de montagem e de produtos mais homogêneos; através
do controle dos tempos e movimentos pelo cronômetro taylorista e da produção
em série fordista; pela existência do trabalho parcelar e pela fragmentação
das funções; pela separação entre elaboração
e execução no processo de trabalho; pela existência de unidades fabris
concentradas e verticalizadas e pela constituição/consolidação do operário-massa,
do trabalhador coletivo fabril, entre outras dimensões. Menos do que um
modelo de organização societal, que abrangeria igualmente esferas ampliadas da
sociedade, compreendemos o fordismo como o processo de trabalho que, junto com o
taylorismo, predominou na grande indústria capitalista ao longo deste século (
Antunes, 2000, pág 25)
Porém,
em meados dos anos 60 este modelo já dava sinais de crise. Havia quedas
significativas da lucratividade e da produtividade. A crise se agravou nos anos
seguintes. As suas principais causas foram a onda de greve dos trabalhadores, a
rigidez nos mercados e contratos de trabalho, os índices inflacionários, o
embargo na exportação de petróleo (pelos árabes) - recessão de 73 -, a
incapacidade do fordismo e do keynesianismo em resolver as contradições do
capitalismo e a perda da hegemonia dos Estados Unidos nesse modelo ( Harvey,
1992, pág 135 a 140).
Várias
estratégias foram adotadas para resolver a crise. Na verdade o Capital naquele
momento vestia uma nova roupagem, fortalecia-se. Pensava-se no entanto que ele
estava se esgotando. As duas principais estratégias adotadas foram: a aceleração
do giro de capital e sua transnacionalização e conseqüentemente a alteração
na organização geral da sociedade: Estado, Escola, meios de comunicação e
transporte... Constitui-se assim o modelo de acumulação flexível.
Uma
das principais características deste novo
modelo é justamente a "flexibilização" de tudo. Ao
visitarmos indústrias , por exemplo, vamos perceber a existência ao mesmo
tempo do modelo fordista/taylorista, do trabalho doméstico, da terceirização
a pequenas empresas, da automação, da maquinaria simples e do processo
artesanal.
Em
condições de acumulação flexível, parece que sistemas de trabalho
alternativos podem existir lado a lado, no mesmo espaço, de uma maneira que
permita que os empreendedores capitalistas escolham à vontade entre eles. O
mesmo molde de camisa pode ser produzido por fábricas de larga escala na Índia,
pelo sistema cooperativo da "Terceira Itália", por exploradores em
Nova Iorque e Londres ou por sistemas de trabalho familiar em Hong Kong. (
Harvey, 1992, p 175)
Na
Escola podemos perceber igualmente tal flexibilização ( sem esquecer que esta
não tem os mesmos objetivos da indústria. Podemos perceber nitidamente, por
exemplo, o modelo fordista: enquanto a esteira impõe o ritmo de trabalho ao
trabalhador, "os programas, as normas de conduta, os padrões de desempenho
pré estabelecidos"impõem o ritmo ao aluno e aos profissionais da Educação;
enquanto na fábrica se separam as funções de planejar, supervisionar e
executar, também nas Escolas tais funções são organizadas separadamente: os
tecnoburocratas planejam, há equipes centrais e na Escola que supervisionam e
professor e aluno executam. Há muitas semelhanças. Porém, a Escola não
se restringe ao modelo fordista porque , assim como para o Capital há
possibilidades de trabalhos alternativos, há para a Escola
"capitalista"formas de ensino alternativas : Ensino à distância,
exames em massa, aceleração de estudos e outros.
Para
compreendermos então este novo modelo no modo de produção, poderíamos
iniciar discutindo as características deste modelo. Destacaria algumas das
características apresentadas por
Harvey ( 1992, 140 a 162) na obra Condição
pós moderna e por Ricardo Antunes na obra Adeus
ao Trabalho? (2000, pág. 21 a 63).
O novo modelo provocou a abertura de novos mercados e novos
produtos. Paralelamente a isto criou-se um novo padrão de consumo.
Houve uma aceleração do ritmo de inovação dos produtos e do próprio
consumo. Olhemos para nossos hábitos. Se antes o forno elétrico nos
satisfazia, hoje temos microondas ( desde o mais simples até aquele
que doura os alimentos ou o que nos permite programá-lo); se a TV preto
e branco satisfazia ( foi assim que assistimos a chegada do homem à lua, a Copa
de 70 - momento hilariante com a vizinhança reunida ) hoje temos várias outras
opções. E outros exemplos se seguem: do
ferro à brasa ao ferro a vapor ou aos tecidos que não amassam; do chuveiro (
balde com orifícios de queda instantânea!) à ducha na qual controlamos frio e
quente e outros.
Para
atender a este movimento intenso de novas necessidades as empresas organizam-se
de forma a ter uma produção variada e pronta para suprir o consumo tendo
sempre a existência de um estoque mínimo. Há também, nesta perspectiva, a
"flexibilização da organização do trabalho. Deve haver agilidade na
adaptação do maquinário e dos instrumentos para que os novos produtos sejam
elaborados ( Antunes, 2000, pág 35)
Com
tantos novos hábitos é impossível o mercado manter-se fechado no país. E,
nestas relações os que pesquisam as novas tecnologias, dominam os demais países
pois vendem-lhes "resultados" Há portanto rápidas mudanças nos padrões
de desenvolvimento. Domenico De Masi ( Revista Amanhã, 2000, pág 97) diz que
" o mercado mundial de trabalho está se dividindo cada vez mais , em três:
os países pós industriais, que produzem sobretudo idéias, informações,
serviços, estética e símbolos; os países industrializados, que produzem os
bens materiais; e os países pré-industriais que estão condenados ao simples
consumo de produtos provenientes do exterior".
Outro
aspecto importante são as alterações
provocadas nas formas de comunicação. Como o Mercado ( a mais importante
instituição reguladora neste novo modelo) exige respostas muito rápidas, as
informações devem ser precisas e atualizadas. Têm-se informações precisas e
instantâneas[2]
sobre tudo o que ocorre no mundo,
principalmente via Internet , o que possibilita uma tomada de decisão rápida e
com menor possibilidade de erro. Não nos iludamos sobre isto. Não há
democratização das informações, há um controle rígido porque também elas
tornaram-se mercadoria..
Há
outros efeitos, além da precisão e rapidez de informações provocados pelos
novos modelos de comunicação. A comunicação entre as pessoas passa a se dar
através de um mundo virtual. Há a dispersão do convívio. Pessoas passam
horas conectadas ao mundo virtual e esquecem do calor de quem está a seu lado.
Outro efeito é o nascimento do celular, aparelhinho que monitora o trabalhador
24 horas por dia e amplia e intensifica a jornada de trabalho sem que o
"capitalista"tenha que pagar por isto. Temos ainda, o surgimento de
novas profissões, as "pontocom" e ainda a ampliação da compra e
venda de produtos através e por causa deste mundo virtual.
Há também uma alteração na forma e nos custos de transportes, imprescindível
para o barateamento das mercadorias. Os famosos "containers" que vão
para a água, para o mar e levam os produtos a qualquer parte do mundo
Obervamos neste movimento índices assustadores de desemprego
Claro que precisamos considerar aqui a superpopulação dos séculos XX e XXI.
Porém, se estes séculos deveriam ser lembrados pelo magnífico avanço tecnológico
( como afirmam vários estudiosos) não o serão pois os índices de miséria e
degradação "humana" são mais expressivos. Estas contradições explícitas
fazem alguns acreditarem numa nova crise do Capital. Ao abrirmos diariamente os
jornais, encontramos notícias de fechamento de empresas. Um exemplo polêmico e
próximo foi o anúncio do fechamento da Chrysler (Folha do Paraná em
05/09/2001) em Campo Largo/PR (após três anos de instalação e depois de ter
se beneficiado de R$ 110 milhões de investimentos dos cofres públicos) que
provocou a diminuição de 290 empregos diretos e milhares de indiretos
provocando um problema social que o Estado não se dispõe a resolver pois para
tais questões este se consolidou como Estado Mínimo. Outros dados
significativos são os de 1999 e 2000 sobre o Brasil. Em 1999, segundo a Pnad (
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) o Brasil era o 3º país
do mundo em número de desempregados que totalizavam em torno de 7,6 milhões de
pessoas. Em agosto de 2000, segundo o IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) havia 7,15% de desempregados. Segundo Gilberto Dimenstein na década
de 90 o desemprego aumentou em 194,8 para os jovens.
Do
homem neste modelo, exige-se a construção
e desconstrução rápida de habilidades.
(...)
A intervenção direta de um trabalhador com capacidade de análise torna-se
crucial para a gestão da variabilidade e
dos imprevistos produtivos.( Salerno , apud Frigotto, 1999, pág. 154)
Por serem sistemas altamente integrados, os imprevistos, os problemas, não
atingem apenas um setor do processo produtivo, mas o conjunto, e o trabalhador
parcelar do taylorismo constitui-se em entrave. Não basta, pois, que o
trabalhador do "novo tipo"seja capaz de identificar e de resolver os
problemas e os imprevistos, mas de resolvê-los em equipe. (Frigotto, 1999, pág
154)
Ricardo
Antunes ( 2000, pág 34-35) ao analisar o modelo japonês ( ampliado para o
resto do mundo) também chama nossa atenção para estas duas questões: a
polivalência exigida do trabalhador e o trabalho realizado em equipe.
Para
atender às exigências mais
individualizadas de mercado,no melhor tempo e com melhor
"qualidade", é preciso que a produção se sustente num processo
produtivo flexível, que permita a um operário operar com várias máquinas (
em média cinco máquinas, na Toyota), rompendo-se com a relação um homem/uma
máquina que fundamenta o fordismo. E a chamada "polivalência"do
trabalhador japonês, que mais do que a expressão e o exemplo de uma maior
qualificação, estampa a capacidade do trabalhador em operar com várias máquinas,
combinando "várias tarefas simples"(...) Coriat fala em desespecialização
e polivalência dos operários
profissionais e qualificados, transformando-os em trabalhadores
multifuncionais. ( Coriat, apud Antunes , 2000, pág 34).
Do mesmo modo o trabalho passa a ser realizado em equipe, rompendo-se com
o caráter parcelar típico do fordismo ( Gounet apud Antunes, 2000, pág 35) .
Uma equipe de trabalhadores opera frente a um sistema de máquinas automatizadas
( Antunes, 2000, pág 35)
É
o tal trabalhador flexível que responde rapidamente às exigências do mercado.
É a tão hilariante "empregabilidade" que responsabiliza o sujeito
pelo seu "desemprego" ou "subemprego". Como dizia Pablo Gentili ( 1998, pág 22) : "O
neoliberalismo privatiza tudo, inclusive o êxito e o fracasso social".
Há uma corrida desenfreada pelo "aprender", aprender de tudo
para fazer parte de um grupo seleto de "trabalhadores "que tendem a
diminuir cada vez mais. No mundo dos empregados convivem qualificados e
desqualificados, negando a tal da "empregabilidade". Não podemos
portanto aceitar a justificativa de que "há vagas mas faltam trabalhadores
qualificados". Também vivenciamos neste movimento de "construir e
desconstruir habilidades" a extinção de várias profissões ( como
alfaiate, consertador de máquina de escrever, limpador de chaminés...) e o
nascimento de outras, principalmente as "pontocom" .
Com
o crescente número de desempregados o "exército de reserva torna-se cada
vez maior tendo como conseqüência o retrocesso
do poder sindical, tão importante na construção do Estado do Bem Estar
Social em fase anterior. Apesar disto presenciamos um esforço enorme dos
sindicatos na defesa do "direito humano digno de vida". Outra causa da
perda de poder dos sindicatos é a consolidação do trabalhador "solitário"
(apesar do trabalho em equipe) tanto nas grandes empresas com as monstruosas máquinas-robô
que lhe fazem companhia no lugar de centenas de trabalhadores como dispersos
pelo trabalho "doméstico". Ricardo
Antunes aponta para o surgimento de um novo tipo de sindicalismo:
Após
a repressão que se abateu sobre os principais líderes sindicais, as empresas
aproveitaram a desestruturação do sindicalismo combativo e criaram o que se
constituiu no traço distintivo do
sindicalismo japonês da era toyotista: o sindicalismo de empresa, o
sindicato-casa, atado ao ideário e ao universo patronal (...) o que vincula
ainda mais o sindicato à hierarquia das empresas.
Parece desnecessário lembrar que essas práticas subordinam os
trabalhadores ao universo empresarial, criando as condições para a implantação
duradoura do sindicalismo de envolvimento,em
essência um sindicalismo manipulado e cooptado. (2000, pág 33-4)
Outro
fenômeno provocado pelas transformações do novo modelo é a diminuição das margens de lucros (mas só para os menores)
Se uma empresa , recém
instalada , conseguia em um ano dobrar seu capital , hoje, crescer em 5% ao ano
é no mínimo interessante. Só no
caso das empresas que consolidaram-se como monopólios em alguns setores ( como
no caso do cimento, da produção de MDF e outros) é que isto não acontece.Porém,
para a maioria, a concorrência obriga a diminuir as margens de lucros.
Dizem
alguns economistas que os maiores problemas de custos das empresas poderia se
resolver com a diminuição das "folhas de pagamento". Precisamos
portanto, neste modelo a flexibilização dos regimes e contratos de trabalho, ou
seja, flexibilização dos "direitos
dos trabalhadores". A
empresa pode contratar estagiários através de órgãos como CIEE e outros,
pode diminuir ou aumentar carga horário conforme suas necessidades através de
acordos com os trabalhadores, pode terceirizar a produção. Há retorno, como
enfatiza Harvey, do "trabalho doméstico" onde a exploração de
menores, por exemplo, passa a ser feita pelos "pais"e não pelas
empresas, e outras formas tantas. No Paraná, um
exemplo muito recente da flexibilização dos regimes e contratos de
trabalho foi a contratação dos professores pela "Paranaeducação" e
o fim dos concursos públicos.
É
importante observarmos também o
crescimento na oferta da prestação de serviços.
Aqueles serviços que eram inerentes às estruturas das empresas passam a
ser externos, provocando inclusive
a diminuição de custos. Por exemplo, ao invés de ter um contador exclusivo da
empresa, contrata-se algumas horas semanais de trabalho deste profissional.
Outro exemplo é a contratação de consultores para avaliar o processo da
empresa e sugerir estratégias para sua dinamização; contrata-se também
empresas para o treinamento de trabalhadores em serviço, terceiriza-se partes
da produção, contrata-se prestação de serviços para manutenção ...
Presenciamos
também neste modelo a fusão de capitais, formando os "megacapitais".
Temos como exemplo disto a fusão da Skol com a Brahma que formaram a Anbev.
Há
também a transnacionalização do
Capital, a derrubada de barreiras para que o Capital circule livremente de
país a país. A consolidção do Estado Mínimo se dá principalmente nesta
perspectiva e num movimento crescente de centralização e descentralização,
regulamentação e desregulamentação . Para as questões do Capital o Estado torna-se do tamanho adequado e para as questões
sociais, Mínimo. A instituição que passa pois a regulamentar e possibilita a
transnacionalização é o Mercado e o Estado apenas garante as condições para
que tal processo se consolide .
Ao
compreendermos e identificarmos as principais características deste novo
modelo, podemos compreender com mais clareza e com mais lucidez a implantação
das novas políticas públicas educacionais. Faz-se necessário que cada vez
mais os profissionais saiam de seu casulo seguro e compreendam as relações da
educação formal com a economia, com a
política, ou seja, compreendam como a transformação do modo de produçao é
determinante na definição do papel da Escola e como esta Escola responde ao
modelo hegemônico.
Se
percebermos, por exemplo, a implantação do Estado Mínimo para as questões
sociais compreenderemos projetos como Amigos da Escola, centralidade nas APM
(Associação de Pais e Mestres), aceleração do Fluxo Escolar; ao
considerarmos a transnacionalização do Capital e a dependência (subjugação)
de uns países em relação a outros compreenderemos os vultuosos empréstimos
feitos junto aos organismos multilaterais e a obediência cega às suas
cartilhas; se observarmos que as classes menos favorecidas encontram-se
principalmente no ensino fundamental entenderemos porque nos documentos oficiais
( internacionais e internos) a prioridade é dada a esta modalidade ( não
consideremos qualquer possibilidade de democratização de "todo o
saber" mas justamente o controle simbólico da maioria através da Escola e
de outras instituições ); se entendermos que o Mercado é a instituição que
regula a organização da sociedade perceberemos então porque se impõe à
Escola o modelo de gestão empresarial ( porém devemos ter clareza que a
empresa capitalista e a Escola não têm os mesmos objetivos) e assim por
diante.
Nossa
Escola é nitidamente capitalista porque é engendrada neste movimento. Porém,
precisamos repensar a função desta Escola que não pode continuar sendo
instrumento de legitimação da ordem social e cultural excludente que adestra e
torna as pessoas alienadas. Uma forma de superar esta função é iniciar pelo
desvelamento das reais relações sociais que se estabelecem entre as diferentes
classes sociais pois o ato educativo é também um ato político.
REFERÊNCIAS
ANTUNES,
Ricardo. Adeus ao trabalho?: ensaio
sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 7 ed. São Paulo:
Cortez; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 2000
FRIGOTTO,
G. Educação e a crise do capitalismo
real. São Paulo: Cortez, 1999;
GENTILI,
Pablo. A falsificação do consenso: simulacro
de imposição na reforma educacional do neoliberalismo. Petrópolis, RJ: Vozes,
1998.
HARVEY,
David. Condição Pós Moderna. São
Paulo: Loyola, 1992;
Revista
Amanhã: economia e negócios. Um tempo
para criar. Ano XV no. 155, junho /2000 pág 97 Amanhã Digital Editora.
[1] Mestranda em Fundamentos da Educação pela Universidade Estadual de Maringá e professora da FAG nas disciplinas de Didática, Pesquisa na Educação, Trabalho e Educação e Coordenadora de Estágios.
[2] Por exemplo: quando no dia 11 de setembro/2001 houve o ataque aéreo aos Estados Unidos, destruindo a Bolsa de Valores, alguns minutos depois os investidores de todas as partes do mundo já tinham conhecimento da situação e se preparavam para enfrentar o problema.