Educação e Políticas Especiais - Demerval Saviani 

Política Econômica e Política Social - Evaldo Vieira

Resumo

A expressão "política social" nos leva a pensar também na existência de "políticas não sociais", as quais revelam o caráter anti-social das políticas econômicas, ligadas diretamente ao caráter privado da economia.

Durante o capitalismo concorrencial, sem a intervenção do Estado, políticas econômicas não se faziam necessárias. Estas surgem apenas após as planificações econômicas nacionais.

As políticas sociais são direcionadas às camadas mais excluídas da sociedade. "Uma política pobre para os pobres". A pobreza destas políticas tem levado a sociedade à uma mobilização pela reivindicação de maiores recursos, em uma luta pela valorização das políticas sociais. Em última instância, uma luta pela superação destas políticas, pela transformação da economia. Em uma economiza socializada todas as políticas se convertem em políticas sociais.

A educação é parte das políticas sociais. Sob este enfoque ela é vista como direcionada às camadas mais pobres, devendo, portanto, promover o seu desenvolvimento intelectual.

Políticas especiais quando associadas à educação se justificam na constatação do fracasso escolas das camadas populares.

Para ter um desenvolvimento intelectual satisfatório são necessários boas condições de alimentação, ambientais entre outras. É neste ponto que políticas especiais, como a merenda escolar, se justificam.

Se em casa as crianças pobres não encontram as condições ideais para estudar então são desenvolvidas propostas para uma permanência maior destas na escola, como no PROFIC de São Paulo. Porém, estas propostas acabam se desviando de seus objetivos iniciais em lugar de promover o desenvolvimento escolar colaboram mais para ocultar o insucesso de medidas mais estruturais, como o ciclo básico, e fragmentar a destinação de recursos.

Exemplo: Seminários religiosos, simplicidade e eficiência em contraposição à complexidade das propostas oficiais.